segunda-feira, 21 de novembro de 2011

noite sem café...

Hoje eu resolvi organizar meus papéis. O que não define exatamente o que eu estive fazendo durante essas últimas duas ou três horas, uma vez que guardo até papel de chiclete (realmente!), se quem me deu foi ou é especial o bastante para isso. O fato é que no meio dessa bagunça toda eu sempre acabo achando algumas fotos esquecidas, cartas recebidas e rascunhos das enviadas, sonhos escritos, e uns tantos outros papéis que me lembram isso ou aquilo. É legal reecontrar essas sensações, lembrar daqueles dias, daquele cheiro, ver as marcas de café, pensar nos natais passados e todas aquelas expectativas... às vezes dói, e em outras vem a respiração bem fuuunda pra viver tudo de novo em alguns segundos.
E é exatamente por ser amante das lembranças que guardo tantos "papéis inúteis"... é essa vontade de colocar tudo no infinito.

Uma vez li algo que sei lá.. me cortou por dentro. Acho que é mais ou menos essa a sensação. Há aquelas coisas que causam um sentimento tão forte que a gente sai do real, fica suspenso no mundo... quer chorar, quer sofrer, sente cortar. Foi isso.
Mas daquelas sensações que só a gente tem, com coisa que só a gente lê. Não adianta tentar mostrar pra ninguém, tentar perguntar se sentiu... não vai sentir.

Pois bem.. é engraçado anotar na hora, ler de novo e de novo. Um ano depois, três.
Sentir cortando de novo, uma vontade de tudo. E aí guarda. Espera mais um ano ou três.




"[...]Então peça ao vento que carregue as mensagens, sabendo que elas não foram de verdade porque você ainda as tem por escrito em todo o seu corpo. E nada aprendeu a lê-lo. Talvez você o saiba todo de cor e todo dia o preenche mais, talvez seja tempo de ouvir outras mensagens, entretanto fraqueja.[...]"